quarta-feira, 21 de março de 2012

Edda Poética e Edda em Prosa


Os textos da Edda contam-se entre os mais antigos da literatura medieval nórdica - preservados inicialmente no manuscrito islandês Codex Regius - e deslumbram o leitor moderno por sua vigorosa concepção do mundo, numa linguagem cuja força nada perdeu com o tempo.

Pelo nome de Edda conhecem-se duas coleções de textos islandeses do século XIII - Edda poética ou antiga e Edda em prosa ou moderna - que constituem a fonte de tudo o que se sabe sobre a mitologia germânica comum aos povos escandinavos.

A Saemundar Edda, ou Edda poética, é um ciclo de poemas narrativos de tema heróico e mitológico contidos num manuscrito descoberto no século XVII.

Foi redigido na segunda metade do século XIII por autor ou autores desconhecidos, mas inclui textos muito anteriores, escritos entre os anos 800 e 1100.

De estilo simples e expressivo, os poemas se agrupam em duas partes: o ciclo mitológico, cuja introdução é a "Völuspá" ("Profecia da Sibila"), começa por um relato cosmogônico seguido da destruição do mundo após a morte dos deuses, e continua com o "Hávamál" ("Palavras do supremo"), ciclo de poemas didáticos que expressam toda a filosofia de vida e a ética dos antigos escandinavos. A segunda parte trata dos heróis germânicos; seus cantos formam o remanescente mais antigo dos temas centrais da epopéia germânica de Os nibelungos.

A Snorra Edda, ou Edda em prosa, foi redigida em 1222 por Snorri Sturluson, poeta e historiador islandês.

O manuscrito mais antigo conservado data de 1300.

Destina-se aos jovens poetas e os instrui sobre a métrica usada pelos escaldos ou poetas profissionais islandeses, com funções semelhantes às dos jograis.

Essa Edda fornece informações sobre os temas mitológicos tratados pelos escaldos. O livro compõe-se de um prólogo e três partes: "Skáldskaparmál", "Háttatal" e "Gylfaginning". As duas primeiras tratam, respectivamente, da complexa linguagem dos escaldos, rica em metáforas, e de sua métrica. A terceira parte tem a forma de um diálogo e narra a visita do rei dos suecos, Gylfi, a Asgard, a cidadela dos deuses, que com senso de humor e vigor descritivo lhe falam da origem do mundo e dos mitos.

Matéria publicada na EmDiv Magazine Kindle Edition - Maio 2011

Conteúdo:
Poemas Mitológicos
Incluídos no Codex Regius

- Völuspá (A profecia da mulher sábia, A profecia da vidente)
- Hávamál (A balada do mais alto, Os ditos de Hár, Os ditos do mais alto)
- Vafþrúðnismál (A balada de Vafthrúdnir, A canção de Vafthrúdnir, Os ditos de Vafthrúdnir)
- Grímnismál (A balada de Grímnir, A canção de Grímnir, Os ditos de Grímnir)
- Skírnismál (A balada de Skírnir, A canção de Skírnir, A jornada de Skírnir)
- Hárbarðsljóð (O poema de Hárbard, A canção de Hárbard)
- Hymiskviða (A canção de Hymir, O poema de Hymir)
- Lokasenna (A discussão de Loki, O cinsurso de insultos de Loki, A disputa de Loki)
- Þrymskviða (A canção de Thrym, O poema de Thrym)
- Völundarkviða (A canção de Völund)
- Alvíssmál (A balada Alvís, A canção Alvís, Os ditos de toda a sabedoria)

Não incluídos no Codex Regius
- Baldrs draumar (Os sonhos de Baldr)
- Rígsþula (A canção de Ríg, O canto de Ríg, A lista de Ríg)
- Hyndluljóð (O poema de Hyndla, A canção de Hyndla)
- Völuspá in skamma (A curta Völuspá, The Short Seeress' Prophecy, Short Prophecy of the Seeress) - incluído em Hyndluljóð.
- Svipdagsmál (A balada de Svipdag, A canção de Svipdag) - Este título original de Bugge, atualmente compõe os dois poemas:
- Grógaldr (O feitiço de Gróa, Feitiços de Gróa)
- Fjölsvinnsmál (A balada de Fjölsvid, A canção de Fjölsvid)
- Gróttasöngr (A canção de Mill, A canção de Grotti) (não incluído em muitas edições)
- Hrafnagaldur Óðins (A canção do corvo de Odin, O canto do corvo de Odin) (não incluído em muitas edições).
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Fonte: http://lizzabathory.blogspot.com.br

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